O aparelho se mostrou bastante rápido entre um clique e outro: 

em dez segundos, dá para registrar mais de 50 fotos 

(53 em um teste, 51 em outro), 

clicando incessantemente sobre o botão Home

 

No mais, as principais mudanças se concentram no desbloqueio via impressão digital (chamado Touch ID) e na câmera.  Um dos destaques enfatizados pela Apple no lançamento do produto foi o chip A7, de 64 bits, com duas vezes mais velocidade de processamento que a geração anterior. O iPhone 5s se mostrou realmente rápido nas respostas, mas seriam necessários testes técnicos para confirmar se ele é tão mais veloz que o iPhone 5 ou os concorrentes.

O Touch ID permite que o usuário - e as pessoas em quem ele confia - abandone o uso de senhas, desbloqueando o aparelho apenas com o toque de um dedo sobre o botão Home. Para cadastrar a digital, é preciso tocar dezenas de vezes sobre a superfície, nos mais variados ângulos: assim, o aparelho faz o reconhecimento sem exigir um posicionamento específico.

Nos testes do UOL Tecnologia o recurso funcionou bem, mas tratava-se de uma simulação para os aparelhos expostos nas lojas da Apple. Essa ferramenta pode realmente ser útil e agilizar o acesso aos recursos do novo iPhone (uma proposta forte do iOS 7), mas não se trata de algo revolucionário. É um conforto (como acessar rapidamente a câmera com a tela bloqueada) e um chamariz para o novo produto – nada além disso.

Câmera

O iPhone 5s manteve a mesma resolução de câmeras que seu antecessor (8 e 1,2 megapixels), e os principais recursos de fotos estão associados à plataforma iOS 7. O que ele tem de exclusivo é o recurso de câmera lenta para vídeos, além especificações técnicas que prometem dar mais qualidade às imagens registradas pelo usuário.

O aparelho se mostrou bastante rápido entre um clique e outro: em dez segundos, dá para registrar mais de 50 fotos (53 em um teste, 51 em outro), clicando incessantemente sobre o botão Home. Com o iPhone 5c, a quantidade de cliques foi menor: 45 e 47 fotos no mesmo período de tempo. O 5C não chega a engasgar, mas às vezes há um "soluço" para responder a esses rápidos comandos.

Os dois aparelhos compartilham as ferramentas de câmera oferecidas pelo iOS 7. Dá, por exemplo, para usar um dos nove filtros disponíveis antes de tirar a foto. Outra alternativa é fazer o registro no modo "Square" (quadrado), com o mesmo formato usado pela rede social Instagram. Por fim, o modo "Pano" mostra uma linha no meio da tela, que o usuário deve acompanhar para tirar uma foto panorâmica (a sensação é a de um teste psicotécnico).

Novamente tratam-se de recursos interessantes, mas já conhecidos e disponibilizados por vários outros aplicativos. Além disso, eles dificilmente trarão grande impacto na forma como os consumidores usam seus telefones.

iPhone 5c

O iPhone 5c chega ao mercado como substituto do iPhone 5, que deixará de ser vendido com o lançamento dessa nova geração. Bastante parecido no funcionamento com a versão anterior, ele tem como chamariz o preço (atrelado a pacotes de fidelidade) e as cores chamativas - algo que a Nokia faz há anos com a família Lumia.

Apesar de o iPhone 5c ter sido lançado como uma "alternativa barata", o preço do smartphone foi criticado pela mídia especializada em tecnologia. Com contrato de dois anos com operadoras, o valor do modelo de 16 GB é de US$ 99 (R$ 218). Mas, desbloqueado, o aparelho custará US$ 549 (R$ 1.212), preço considerado alto demais.

A estrutura do iPhone 5c é de plástico, mas a sensação ao tocá-lo faz lembrar uma fórmica. Ele está disponível em branco e quatro cores bastante vivas (verde, azul, rosa e amarelo), que podem ser mantidas na tela inicial do aparelho. Assim, o modelo com carcaça verde usa tela verde, por exemplo.

Como o destaque dessa versão está nas cores, a Apple lançou uma série de capinhas também coloridas para usar com o iPhone 5c. Cada capa custará US$ 29 (R$ 67).

Filas
Apesar de a lista de novidades na família iPhone ser restrita e pouco impactante, os japoneses se mostraram empolgados com os smartphones. A reportagem chegou à loja da Apple no bairro de Shinsaibashi (Osaka) por volta das 13h de sexta-feira (horário local) e cerca de 200 pessoas esperavam na fila, que se estendia por dois quarteirões.